Queda de Mama (Ptose) e Prótese – Corrigirei Meu Problema?

Resolvi fazer mais alguns comentários sobre esse tema, que é recorrente no consultório, mesmo tendo sido parcialmente abordado em outras postagens desse blog.
A pele representa a principal estrutura de sustentação do tecido mamário. A presença de flacidez e/ou estrias leva a mama invariavelmente para uma posição mais baixa no tórax, causando o aspecto de queda (PTOSE).
Tanto as mamas de grande volume quanto as pequenas podem aparentar a ptose.
As mamas volumosas normalmente evoluem com ptose pelo peso do tecido mamário, que atua sobre a pele e progressivamente a distende e expande.  Além disso, a presença de estrias, muito comum nesses casos, contribui ainda mais na queda da mama por piorar a sustentação da pele.
Algumas dessas mamas, principalmente pós-lactação, reduzem muito seu volume, sem que a pele retraia de maneira similar. A pele que não retraiu contribuirá para o aspecto de queda, mas nesse caso, sem o peso.
A abordagem das pacientes que nos procuram costuma ser a seguinte:
 - Qual o volume de prótese que devo colocar para levantar a mama?
A premissa da pergunta é a de que a prótese levantará a mama com queda. Esse conceito é errado. A presença de uma prótese sem qualquer mudança do tecido de sustentação da mama (pele) trará, na verdade, maior aspecto de queda, independente do volume utilizado. A prótese de somente aumenta a mama, não a levanta.
Nesses casos, para trazermos maior sustentação, associamos a retirada do excesso de pele juntamente à inclusão de prótese. Essa cirurgia é conhecida como mastopexia com prótese ou mamoplastia com prótese. Nesse procedimento, a cicatriz final resultante encontra-se ao redor da aréola e segue como a forma de um ''T'' invertido, com o componente horizontal apresentando tamanho variável de acordo com cada caso. Podemos, inclusive, reduzir o diâmetro da aréola, que é um pedido comum entre as pacientes.
A extensão da cicatriz horizontal poderá variar em comprimento, desde mínima até mais extensa, ocupando todo o sulco mamário. Isso depende da quantidade de pele, do volume da mama e do grau de ptose presente.

Fonte foto: hypertypos em everystockphoto.com
As mamas volumosas podem ter parte de seu tecido glandular/gorduroso reduzido com substituição do mesmo por uma prótese (como uma mamoplastia redutora de aumento). Com essa técnica, podemos modelar melhor a mama, conseguindo uma forma mais arredondada; maior projeção do colo da mama quando a paciente utilizar algum tipo de sutiã de sustentação e alterar a sua consistência para mais firme.
Ao contrário das ptoses moderadas e grandes, as pequenas quedas de mama apresentam custo-benefício desfavorável para mamoplastia. Nesses casos, o benefício do corte em ''T'' invertido não compensa o ganho em elevação da mama conseguida com a cirurgia. Optamos, nessa situação, apenas pela inclusão de prótese, com resultados satisfatórios.
Todas as pacientes com queda de mama têm que ser esclarecidas sobre a futura evolução da posição da mama após a colocação da prótese, principalmente as de pouca queda que realizam inclusão de prótese sem retirada de pele.
Portanto, cada caso será avaliado individualmente quanto à ptose, volume, flacidez e sobra de pele para a melhor indicação do tratamento.

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